USO DE SUBSTRATOS AGROINDUSTRIAIS PARA PRODUÇÃO DE DELTA-ENDOTOXINAS POR BACILLUS THURINGIENSIS
Lívia Santos de Freitas, Caroline Fernanda Bezerra de Oliveira, José Manoel Wanderley Duarte Neto, Túlio Alexandre Freire da Silva, Débora Pessoa de Oliveira, Daniela de Araújo Viana Marques, Raquel Pedrosa Bezerra, Ana Lúcia Figueiredo Porto
Resumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento e a produção de delta-endotoxinas, esporos e proteases por Bacillus thuringiensis var. berliner, utilizando substratos agroindustriais de palma forrageira (Opuntia), xarope de sorgo (Sorghum) ou soro de leite, com ou sem suplementação de ureia 1 g/L. Luria-Bertani foi utilizado como meio de cultura controle. Culturas de B. thuringiensis foram cultivadas em frascos Erlenmeyer incubados em agitador rotativo a 200 rpm, 30 °C por 96 horas. O maior crescimento celular (4,28 g/L), produção de delta-endotoxinas (568,26 mg/L) e esporos (9,61 x 1010 UFC/mL), superiores inclusive ao meio de controle, foram observados ao se utilizar o soro de leite sem ureia. Não verificou-se relação direta entre a esporulação e a produção de delta-endotoxinas pelo Btb370 nos meios de cultura, como também entre a produção de proteases e de delta-endotoxinas. A suplementação com ureia 1 g/L foi viável para o substrato palma forrageira na atividade proteásica e para o xarope de sorgo em praticamente todas as análises, contudo não influenciou positivamente o soro de leite. Através de microscópio eletrônico de varredura, observou-se a predominância de cristais com morfologias bipiramidal, esférica e cuboidal. Portanto, os resultados sugerem o soro de leite como substrato mais eficiente para novas formulações de meios de cultura para produção de delta-endotoxinas por Bacillus thuringiensis var. berliner, superando os resultados do meio padrão Luria-Bertani.