VIABILIDADE ECÔNOMICA DA IRRIGAÇÃO POR PIVÔ CENTRAL NAS CULTURAS DE SOJA, MILHO E TOMATE

Déborah Lídya Alves Sales, José Alves Junior, Rodrigo Moura Pereira, Walter Danilo Maradiaga Rodriguez, Derblai Casaroli, Adão Wagner Pego Evangelista

Resumo


 

A viabilidade econômica de um empreendimento agrícola com irrigação é influenciada pelos custos de implantação e manutenção do sistema. Estes, por sua vez, variam em função das lâminas de projeto e manejo de irrigação ao longo do ciclo. O objetivo deste estudo foi de verificar a viabilidade econômica da irrigação por pivô central em cultivos de soja, milho e tomate, submetidos a diferentes manejos e lâminas de projeto. Para o estudo considerou-se uma área irrigada por pivô central de 80,78 ha, simulando o cultivo rotativo de soja, milho e tomate (2,5 colheitas ano‑1), na região de Cristalina-GO, ao longo da vida útil do sistema (30 anos). Considerou-se a ETo média histórica da região,além de outros sete valores simulados (ETo entre 4 e 7 mm dia‑1). Utilizou-se a planilha AMAZONSAF-EMBRAPA para o cálculo de indicadores financeiros em função de coeficientes técnicos de cultivo para a região (FAEG). Verificou-se que o aumento 3,08 mm na ETo, aumenta em 77% a lâmina de projeto, bem como a lâmina aplicada no manejo. A irrigação representou 8% dos custos totais de produção, sendo 4% de investimento com equipamentos hidráulicos e barragem e 4% referente ao custo variável com energia. Entretanto, a lucratividade do empreendimento reduz em apenas 2,4%. Conclui-se que a implantação de um sistema de irrigação por pivô central é viável para o cultivo de soja, milho e tomate industrial, nas condições edafoclimáticas do Cerrado goiano. 


Palavras-chave


análise financeira custo de energia custo de implantação aspersão

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DOI: https://doi.org/10.12661/pap.2017.011

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