Metodologia de avaliação da distribuição das plantas de milho no campo versus massa de grãos

Vilson Antonio Klein, Claudia Klein

Resumo


Há controvérsia se o arranjo de plantas de milho no campo realmente afeta o rendimento de grãos. Várias metodologias são adotadas para avaliar a eficiência das semeadoras na distribuição das sementes. Para detectar o efeito desse arranjo de plantas de forma pontual, determinaram-se os espaçamentos entre 1.115 plantas e a colheita e pesagem individual dos grãos por espiga. A metodologia foi desenvolvida considerando-se os espaçamentos em ambos os lados das plantas e sua relação com a massa de grãos. Resultados demonstram que a metodologia, considerando um único espaçamento, tem seus resultados afetados pelo sentido da avaliação na linha. A metodologia considerando as categorias baseadas nos espaçamentos de ambos os lados de uma planta mostrou-se adequada e demonstrou que apenas as plantas que apresentavam espaçamentos falhos em ambos os lados obtiveram maior massa de grãos por espiga, embora ocorram com baixa frequência (1%). A semeadora com dosador de sementes de discos alveolados proporcionou mais de 80% de espaçamentos aceitáveis. Correlacionando rendimento de grãos nas parcelas com as frequências de ocorrências das categorias de espaçamento, não foi detectada significância. Conclui-se que o arranjo de plantas não afeta a massa de grãos por espiga e a estimativa de rendimento de grãos de milho.


Palavras-chave


Arranjo de plantas, Espaçamento, Semeadura de precisão, Zea mays.

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DOI: https://doi.org/10.12661/pap.2017.010

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